Começamos com uma atividade em dupla, baseada na metodologia desenvolvida pelo grupo Conditional Design.
Depois conversamos um pouco sobre os resultados… Qual foi o melhor desenho? Qual critério posso utilizar para definir que um resultado é melhor que o outro? Se todos seguiram as mesmas regras para produzir a imagem… onde está o processo de criação?
Mais sobre criatividade computacional pode ser encontrado no texto: Margaret G. Boden, Computers Models of Creativity, AI magazine, 30(3), pp. 23-34, 2009.
Todas as tarefas criativas são tarefas artísticas? O que você acha?
Depois falamos sobre o artista conceitual Sol LeWitt. Começamos com uma tradução livre de um trecho do texto Paragraphs on Conceptual Art de Sol Lewitt. Para ver exemplos do seu trabalho recomendo o site da Retrospectiva SOL LEWITT: A WALL DRAWING realizada no MASS MoCA.
Também vale a pena ver o projeto {Software} Structures, realizado em 2004, por Casey Reas em associação com Jared Tarbell, Robert Hodgin, e William Ngan a partir do trabalho de Sol LeWitt - refletindo sobre sua potencial influência no desenvolvimento da arte contemporânea realizada com software.
Falamos que o elemento chave na arte gerativa é o sistema para o qual o artista cede parcial ou total controle, sendo a arte gerativa independente de qualquer tecnologia específica. Então, se os sistemas são em certo sentido, o aspecto definidor da arte gerativa, vale a pena perguntar se todos os sistemas são parecidos, ou se existe uma maneira útil para separá-los e, assim, implicitamente, produzir vários tipos de arte gerativa.
Leia o texto What is Generative Art? Complexity Theory as a Context for Art Theory de Philip Galanter.
Não tivemos tempo para falar sobre a história da arte gerativa durante nosso encontro, mas deixo aqui alguns exemplos e referências:
- 1960: Brion Gysin cria o poema permutacional I AM THAT I AM
- 1965: Computer-Grafik foi a primeira exposição conhecida com trabalhos gráficos gerados algoritmicamente. Ela aconteceu na Alemanha com trabalhos do artista Georg Ness. Na ocasião da abertura da exposição, o filósofo Max Bense publica o texto Projekte generativer Ästhetik (The projects of generative aesthetics) na brochura Computer-grafikrot. Este pequeno livro tornou-se uma das primeiras, se não a primeira publicação no campo da arte digital.
- 1968/69: Em 1968 Georg Nees finaliza sua dissertação de doutorado Generative Computergraphik supervisionado por Max Bense. A dissertação foi publicada pela primeira vez em 1969 pela empresa Siemens.
- década de 70: o artista Kenneth Martin produz a série de pinturas “Chance and Order” (Acaso e Ordem) e o artista Charles Gaines, inicia a série de trabalhos Gridwork, ambos explorando sistemas de regras para a criação de sentido.
- 1998: O arquiteto Celestino Soddu, que desde 1998 é organizador da conferência internacional de Arte Gerativa, define a mesma como: “the idea realized as genetic code of artificial events, as construction of dynamic complex systems able to generate endless variations.”
A plataforma Kadenze oferece o curso gratuito GENERATIVE ART AND COMPUTATIONAL CREATIVITY com o professor Philippe Pasquier. Na primeira parte existe uma aula inteira dedicada a Tipologia dos sistemas gerativos.
Um exemplo de sistema específico: AARON, um programa de computador escrito pelo artista Harold Cohen que cria imagens artísticas originais.
Um exemplo de sistema genérico: Continuator, um instrumento musical que combina interatividade com aprendizado de máquina.